Memória magnética
Pesquisadores criaram um
"processador" inusitado.
Em vez de transistores e portas lógicas, o
chip usa gotas magnéticas flutuando em microcanais cheios de água salgada.
Embora outra equipe já tenha criado um processador que funciona a ar,
a equipe do Dr. John Moreland está mais interessado na memória do que em
cálculos.
O minúsculo chip microfluídico usa chaves
magnéticas para capturar e movimentar as gotas, criando um mecanismo similar ao
das memórias de acesso aleatório dos computadores.
Movidas por campos magnéticos, as gotas vão
andando pelo microcanais, podendo ser acessadas aleatoriamente como se fossem
bits magnéticos de uma memória RAM.
O objetivo é usar o mecanismo para transportar
moléculas usadas em bio-ensaios, como na purificação de proteínas e de DNA, ou
na separação celular - as moléculas são transportadas a bordo das gotas
magnéticas.
Memória líquida
Os biochips tradicionais
usam bombas e válvulas para movimentar líquidos ou partículas ao longo de
microcanais.
A ideia de usar partículas magnéticas não é
nova, mas ela exige um suprimento contínuo de energia, o que aquece o chip e
atrapalha as análises, quando não danifica totalmente as moléculas.
Os pesquisadores resolveram o problema usando
o mesmo sistema utilizado nas cabeças de leitura dos discos rígidos.
"É uma forma totalmente nova de pensar a
microfluídica," diz Moreland. "O legal aqui é que é um ímã permanente
e chaveável - depois que ele é 'ligado', não precisa mais de energia. Você
precisa de energia por menos de um microssegundo, o que evita o
aquecimento."
A segunda vantagem é que o chip cria um
mecanismo para manipulação de qualquer uma das gotas de forma independente,
criando um novo conceito de memória de acesso aleatório magnético.
Lendo os bits líquidos
Qualquer um dos "bits" - a gota com
suas biomoléculas - pode ser prontamente manipulado e colocado na posição
desejada para cada análise.
O biochip de demonstração possui duas linhas
paralelas com 12 chaves magnéticas cada uma, chamada válvulas spin, do mesmo
tipo das que são usadas nas cabeças de leitura dos discos rígidos.
A precisão obtida é tão grande que cada gota
pode até mesmo ser girada antes ser colocada na posição adequada para sua "leitura"
- que pode ser uma leitura de fato, que identifique a molécula, ou sua
colocação junto a outra para uma reação química.
Fonte: Redação do Site Inovação Tecnológica
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